sábado, 16 de outubro de 2010

Katty Xiomara



Xiomara, não é um nome comum, não é um nome Português, mas é um nome célebre no mundo da moda Portuguesa e além-mar. Permanentemente presente na Moda Lisboa e no Portugal Fashion, mas quem é Xiomara? Revelamos: uma designer, uma mulher, uma mãe, uma criadora, um génio do vestuário.
Xiomara é uma designer de moda Luso-Venezuelana, nascida nas Caracas, que tem um estilo romanticamente ironico e tentadoramente sarcástico, isto de acordo com as suas próprias palavras, no seu site cheio de animações florais, borboletas e estrelinhas.
Katty começou a sua carreira no mundo da moda com bastante sucesso, embora tenha iniciado nas Belas Artes no Porto, rapidamente se apercebeu que moda era o que queria e mudou de curso para o Citex, curso de moda, e no seu penultimo ano no Citex ganha o prestigiado prémio do Porto de Moda em 1996, e no mesmo ano é convidada a participar no Portugal Fashion, a partir desta rampa de lançamento consegue vários trabalhos que a tornam muito conhecida no mercado Português e ganha vários prémios que a consagram. Com o dinheiro que ganhou no concurso de uniformes para a Expo 98 e da moda Porto, começou a financiar a produção das suas próprias colecções agora apresentadas regularmente no Portugal Fashion e na Moda Lisboa. Hoje em dia é uma das designers de moda regulares a apresentar as suas colecções e é professora de design de vestuário feminino no Citex, no Porto.
Participa na “Bread & Butter Berlim” em Janeiro de 2005 até Julho de 2006 quando começa a apresentar na “Bread & Butter Barcelona” na qual é uma presença regular todos os anos. Conquistou um contracto com a empresa TRL aonde começou a produzir a sua marca de fatos de banho Xiomara, e também a produzir uma linha de roupa desportiva apelidada de Fuga's. Em 2006 a playstation solicitou Xiomara para desenhar uma bolsa para a versão portátil, PSP. Em 2009 a Mcdonald’s investiu 1.6 milhões de euros na renovação dos uniformes dos seus funcionários e entregou este projecto nas mãos de Xiomara, uniformes desenvolvidos e produzidos em Portugal, também renovou os uniformes dos empregados da Pizza Hut e da Kodak.
Katty chegou a apresentar suas colecções no estrangeiro, passando por Paris, Madrid, Barcelona, Berlin, Tóquio, entre outras cidades. Afirma que o seu maior volume de vendas é no estrangeiro, uma das suas lojas mais lucrativas encontra-se no Japão, em Tokio. Katty acaba por ter muitos clientes japoneses, o seu site tem uma versão japonesa para os seus compradores japónicos. É de reconhecer que os japoneses são dos maiores compradores de peças de designers europeus, já que têm capital suficiente para poder comprar estas peças e procurar exclusividade nestes designers, é sempre uma boa aposta abrir uma loja no Japão e parece que estes compradores não vão perder seus capitais tão cedo nem a sua sede por designs exclusivos.
Dedica-se especialmente à moda de senhora, tendo um público alvo jovem e adulto, procura focalizar-se no conforto, tem um estilo desportivo que exalta em quase todas as suas colecções, e claro na qualidade. Sua peça preferida é Jeans, ouve música e vai ao cinema, coisas normais que a inspiram, tem admiração pessoal pelos colegas Alexandra Moura e Luís Buchinho.
Katty afirma que as características fundamentais das suas roupas são: “vestuário extremamente feminino, que, ao mesmo tempo, tem um certo condimento diferente. A utilização de várias matérias-primas (misturar malhas com tecidos rígidos, sedas com algodões...); de vários padrões; e de uma palete variada de cores também são características do meu trabalho.”
Recentemente Katty esteve em Las Vegas no “THE PROJECT SHOW - VERÃO 2010”, um passo para a internacionalização da marca no estrangeiro, com o objectivo principal em mostrar ao mercado norte-americano um “design original e único, e ao mesmo tempo encontrar o parceiro adequado para representante de vendas”, afirma Katty no seu site.
“Às vezes perguntam-me “porquê tantos vestidos curtos, porquê tantas pernas à vista?” Talvez por eu ser pequenina e realmente sentir a necessidade de me sentir maior e as peças curtas favorecerem mais. E porque acho que as pernas da mulher são bonitas, são para se mostrar, e sobretudo no Inverno que temos estes truques fantásticos que são os collants, que ajudam a esconder outras coisas…” revela Katty, nas suas colecções é muito previsível ver vestidos minis e mini saias.
Sediada no Porto aonde trabalha, ensina e tem o seu ateliê, Katty tem uma loja de vestidos de noiva, numa das mais famosas ruas do Porto, na Rua da Boavista, encontra-se numa casa burguesa do século XIX recuperada, é um espaço inspirado nos teatros e bibliotecas clássicas, lugares com histórias embutidas nas suas paredes. Os vestidos de noiva são personagens construídas pela designer, completando o cenário da loja com o seu carácter e criatividade, esta loja e ateliê exclusivo transmite o lado fecundante e poético da estilista.
A nova colecção da designer intitulada de “CUBIC LANDSCAPE”, inspirada pela paisagem da natureza e a cidade, com linhas orgânicas que a estilista sempre mantém como marca dela, imperfeitas e assimétricas. Padrões geométricos e florais que revelam construções vivas. Na paleta de cores iremos ver vermelhos hibiscos, o branco e o azul sapphire. Katty Xiomara vai estar “In The Market”, irá apresentar sua colecção primavera/Verão 2011 na Moda Lisboa, no Mercado da Ribeira, no dia 9 de Outubro pelas 20:30. Um grande espectáculo de formas, padrões e cores, sem duvida um must see entre todos os designers presentes na Moda LX.
Tânia Santos

Consortium NYC – Loja Must



Consortium é uma nova loja em Nova Yorque, mas não é uma loja qualquer, é um estabelecimento especial com um novo conceito de promoção e suporte de novos nomes no mundo da moda que ascendem devido à sua criatividade e inovação, e puramente devido ao que estes têm para oferecer é uma exaltação no mundo das vendas, localizado numa área excitante, no coração internacional da América, “The Big Apple”. Entre os nomes que vende encontra-se Procede, Well Played e The Shoes, marcas alternativas que nos fornecem opções à moda aborrecida e quotidiana. Embora misture com grandes marcas conhecidas como Yves Saint Laurent e Dior numa vertente mais vintage e clean.
Fundada e gerida por Andre Munoz, um profissional na área de retail e com grande experiencia e contactos na indústria da moda, sabe exactamente o que o publico procura e oferece aquele género balnear e clean aos típicos nerd’s com estilo, com uma tinta direccionada aos melhores pedaços do look de rua casual inteligente, mistura o novo e o vintage num resultado surpreendente e encantador.
“The way we’re working with the shop right now is showcasing new designers with old designers. We have young labels like Well Played, Sibel Saral, and Procede. Each one of these is different from one another, but then when we put them alongside classic and vintage designers like Ralph Lauren, Yves Saint Laurent, Burberry, and Christian Dior, we’re mixing things up.” Afirma Munoz, o novo estilo entusiástico de mistura de gerações.
Além de surpreender através das peças que expõe para venda, esta loja também cativa pela sua localização, no coração de Nova York, e devido ao seu design limpo e exterior modesto de Vidro, um espaço neutro que tem como objectivo destacar as roupas e não o design da loja em si, o seu conteúdo é que interessa, e tudo o que o envolve é engendrado para tal objectivo. O espaço sobressai como uma galeria de roupa, com chão de granito e simples prateleiras provêem um espaço livre para os estilos de roupa criativos, muitos estes de criadores de moda locais que Munoz conhece à vários anos do mundo da moda. A destacar as T-shirts gráficas a preto e branco e as Suéteres da Procede, e os cardigans e pequenos vestidos t-shirts de Well Played.
Andre Munoz fundou a Consortium como uma maneira de se manter dentro da “cena” mas de certa maneira para sair da onda directa das típicas lojas “retail” de Streetwear, em português, lojas que vendem a varejo, isto é, vendem várias marcas, como a Fashion Clinic entre outras.
Munoz afirma “I was in streetwear, and didn’t want to be a part of it coming out of 2007, the scene became something that wasn’t fun, wasn’t creative and it just became a job and lost its message. I wanted to do something cool, creative and different and also work them together. That’s where you get the name Consortiums.”.
A Wikipedia define Consortium como uma associação de 2 ou mais indivíduos, companhias, organizações ou governos (ou uma combinação destes mencionados) com o objectivo de participar numa actividade comum ou uso dos seus recursos para atingir um objectivo em comum. “We’re not a vintage store, we’re not a new store, we’re that great place in the middle where we don’t want to be defined by one thing. We have a lot of space and we’re going to be doing stuff with artists as the shop develops. It only makes sense to showcase them and move into that direction as well.” Declara Munoz.
É de assegurar que Consortium NY além de ser uma loja que vende roupa de vários designers e marcas prestigiadas é também uma galeria de arte que divulga novos artistas e novas concepções de vestuário, apresentando novos estilos alternativos ao público que anseia novas criações e ideias. O sucesso desta loja dá-se também à boa gestão do seu curador e as suas ideias inovadoras, capacidade para se manter actual no mercado de hoje, e artifícios de gestão inteligente na área da indústria da moda. Hoje é uma das lojas must de Nova York, é de aguardar para ver se continua a crescer e a manter-se dentro do mercado e das cabeças dos Novos Yorkinos.

Tânia Santos

Issey Miyake



Mais do que um designer de moda, Miyake é um artista de coração e alma que explora formas artísticas do ponto mais puro de modo a exaltar as linhas mais belas e inspiradoras. A busca de uma perfeição de um estado leve e alegre, explorando as formas e os meios de construção para atingir peças revolucionarias em vários níveis distintos. Os interesses dele vão muito além da moda, eles passam por arquitectura, dança, literatura, ou seja, tudo o que envolve formas artísticas.
Miyake, um artista com um grande gosto e apego pela arte do seu país e cultura, que combina com o estilo ocidental. Nasceu em Hiroshima, Japão, em 1938 e presenciou o desenrolar da 2º grande guerra, a bomba atómica que caiu na sua cidade natal onde vivia, sobreviveu para ver as consequências desta, a morte da sua mãe passado 3 anos devido à exposição de radiação.
Estudou Design Gráfico na Universidade Tama Art em Tóquio que terminou em 1964, mudando-se de seguida para Paris aonde se dedicou a estudar design de moda com os grandes génios da moda como Guy Laroche e Givenchy. Em 1968 mudou-se para Nova Iorque para trabalhar com Geoffrey Beene, onde foi influenciado pela moda das ruas, as gangas, camisetas e combinação de roupas usadas.
Ao regressar a Tóquio em 1970 fundou o estúdio Miyake Design, e em 1971 apresentou o seu primeiro desfile de moda, mas não impressionou imediatamente o exigente mundo da moda norte Americana, após 2 anos começou a apresentar a sua colecção em Paris, seu estilo baseado em roupas sobrepostas com peças que envolviam o corpo feminino com leveza, conforto e estilo tornou-se um sucesso na moda parisiense. Em 1977 tornou-se consagrado quando personalidades começaram a usar suas concepções que mesclava a influência japonesa com a moda ocidental, e em 1986 foi capa da revista Time e apelidado de Mestre de Estilo.
Miyake expressa vivamente que é um criador e nunca um destruidor, “ …prefer to think of things that can be created, not destroyed, and that bring beauty and joy.” Suas fontes de inspiração são o mundo, a arte e a tecnologia. O contraste entre a tecnologia e o uso de elementos naturais é bastante perceptível em todas as suas criações, inclusive nas fragrâncias.
Revolucionário, um cientista que explora novas concepções de vestuário, utilizando este como uma forma de arte e interveniente no espaço, explora a área entre o corpo e a peça de vestuário. É conhecido pela junção que faz da escultura com o vestuário, utilizando tecidos para construir modelações arquitectónicas.
No final dos anos 80 introduziu o método de “Pleating” (estrutura de pregas) que iria permitir flexibilidade de movimentos para o utilizador como também facilidade em manutenção e na produção das peças de vestuário, método considerado tecnológico, funcional e harmonioso, desenhou os primeiros Pleats Please (tecido ultra-tecnológico) para o ballet de William Forsythe. Criou formas a partir de tecidos e seus conjuntos são uma fusão da tecnologia e tradição de seu país: das camisas de fibra de abacaxi e vestidos de papel ao mais inovador fenómeno da marca, os plissados Pleats Please, fruto de um desenvolvimento dos quase 30 anos que trabalhou como criador de moda.
“Adoro fazer experiências com tecidos, combinando a mais moderna tecnologia com tradição e artesanato”, Issey.
Inspirado pelos plissados artesanais criados por Mariano Fortuny (1871-1949), Miyake conseguiu industrializar o look e oferece um guarda-roupa completo com a seguinte opção de materiais: poliéster, voal, chifom, crepe ou tafetá.
"Ao criar uma peça, a coisa mais importante para nós é olhar o futuro e ao mesmo tempo tentar reflectir as necessidades da vida da mulher moderna e preservar as fontes naturais do mundo", diz. Os modelos da linha Pleats Please provam isso: são guardados enrolados, ocupam pouco espaço, são leves e não amarrotam.
Os desfiles traduzem este desejo, ao criarem imagens sempre associadas à arte, cultura, bem-estar e felicidade, com recursos como o ballet de Frankfurt ou uma orquestra medieval japonesa. Formas e modelagens são mostradas com um tom lúdico que faz a bolsa se transformar em casaco ou o vestido virar um espesso círculo.
Em 1992, desenhou o frasco de seu primeiro perfume, L'Eau d'Issey, que representa o encontro entre a flor de lótus e a rosa, o ocidente e o oriente. Em 1994 lançou a fragrância Leau Odissey que se tornou num verdadeiro clássico entre os perfumes masculinos, e devido à grande popularidade desta Issey acabou por lançar outras variações do perfume Odissey, o Blue e o Summer. Elege o material mais natural como base da fragrância: a água, elemento puro e sem cor. E para os frascos adopta: o metal, inovador e luxuoso.
Actualmente Miyake dedica-se a tempo inteiro à investigação na fundação Issey Miyake, pesquisa novos materiais e novas técnicas de vestuário e embalagens para traduzir perfumes modernos e atemporais. Entregou as suas colecções nas mãos de talentosos designers que continuam o trabalho deixado por Issey, embora este ainda tenha presença subtil nas suas linhas.
O império Issey Miyake cresceu e tornou-se numa multimilionária constituída por vestuário, perfumes, entre muitos outros, combinando a leveza oriental com elementos ocidentais, um império comercial e suas lojas estão espalhadas nas principais capitais do mundo. Issey Miyake, um nome que ficará para história.

Tânia Santos

Christian Louboutin: O Parisiense criador de sapatos



Quem não conhece o nome Louboutin? Referência a sapatos de mulheres, a mítica sola vermelha, o salto agulha vertiginoso, o luxuoso designer que tem sempre clientes abastados, aclamado por celebridades e invejado por outros designers de calçado, revoluciona e encanta o mundo extasiado dos sapatos de salto alto.
A lendária sola vermelha: De acordo com o próprio Louboutin a ideia surgiu-lhe graças a uma das suas vendedoras que pintava as suas unhas com verniz vermelho, e para aumentar as suas vendas decidiu adicionar este toque excêntrico às solas dos seus sapatos, assim nasceu a sua assinatura, à qual colocou direitos de autor nos EUA em 2007.
Intitula-se um mágico, um mágico que cria obras-primas encantadas para os pés das madames. Seu Web site tem um novo tema, saído do cabaret, uma vida glamorosa parisiense. Basta abrir o seu Web site para entrar no seu mundo extasiado de sapatos, uma imagem interactiva do próprio Christian Louboutin anima a página enquanto suas mãos nos encantam e uns olhos penetrantes e místicos flutuantes nos enfeitiçam, os sapatos vagueiam pelo ecrã e estrelinhas de várias cores são disparadas na nossa direcção. Estranho, mas creio que Louboutin não necessita de enfeitiçar suas clientes para conseguir vender, somente o facto de serem Louboutins com a mítica sola vermelha tão patente em todos os seus sapatos é o suficientemente atractivo para mover multidões atrás de suas criações. Mas o facto é que o site está interessante e apelativo, faz-nos vaguear sem dúvida por uma era boémia e parisiense.
O tema da sua nova colecção é Cinderela, fotografada por Khuong Nguyen que se inspirou em histórias de contos de fadas como Alice no País das Maravilhas, A Pequena Sereia e Soldadinho de chumbo, a campanha está genial, faz-nos entrar totalmente num conto de fadas com figuras encantadas a esvoaçarem ao lado dos sapatos. O surrealismo é presente na decoração transmitindo algo existente que nem todos têm o prazer de perceber ou relatar, provocando aquela inspiração onde ficamos sem palavras para descrever ou falar. Fantástica obra para uma campanha publicitária, sem dúvida atribui um grande valor emocional e racional que se liga à evidência de um calçado para visão do consumidor. Algo que não é simples de ser visto, é invulgar e muito bem feito, parabéns a Nguyen, e também a Louboutin que conseguiu conceber uma colecção intrigante e encantada que leva qualquer mulher querer entrar num mundo fantasioso, mas o verdadeiro conceito dos seus sapatos Lou revela-nos: perfeitos e desejáveis. A perfeição a todos os níveis nos seus sapatos, duráveis, com um design apelativo que encaixa sempre bem no pé da maioria das mulheres, acabamentos impecáveis e sempre materiais de alta qualidade. Alta-costura do mundo dos sapatos.
Começou a sua carreira com Charler Jourdan em 1982, foi aprendiz do designer Roger Vivier aonde aprendeu tudo o que é hoje, "Vivier taught me that the most important part of the shoe is the body and the heel ". Trabalhou como freelancer para Chanel, Yves Saint Laurent, Maud Frizon, entre outras marcas prestigiadas. Lançou a sua marca em 1989, e embora seja conhecido mais pelos seus sapatos super elegantes e com saltos agulha vertiginosos, vende também malas e cativa suas clientes com edições limitadas. Ganhou o premio de The Luxury anual do Instituto Luxury Brand Status Index (LBSI) por 3 anos seguidos, os sapatos do designer foram declarados os mais prestigiados em 2007, 2008 e 2009.
Abriu a sua primeira loja em 1992 em Paris, e hoje em dia tem 3 Lojas localizadas em Paris, e 15 lojas espalhadas por todo o mundo. Entre outras lojas autorizadas que vendem seus sapatos, em Portugal podem encontra-los na Fashion Clinic, tanto em Lisboa como no Porto.
Louboutin é tão famoso que a célebre Jennifer Lopez gravou uma musica e intitulou-a de Louboutins, no seu álbum “Love?” em 2009. Lou participou no programa “The Oprah Winfrey Show” aonde apresentou a sua colecção e deu-se a conhecer um pouco. Os famosos sapatos igualmente tiveram direito a várias aparições no filme “O sexo e a cidade”, tendo um especial destaque no 2º filme quando Carrie comete “traição” e troca os seus Manolo’s por uns Louboutin’s. Cristian uniu-se ao realizador David Lynch para criar uma exposição na galeria Pierre Passebon, em Paris, com os seus sapatos mais raros e excêntricos apelidando a exposição de “Fetish”.
Tanto alarido, tantas edições limitadas, e porque não barbies? Podem aceder à edição limitada Barbie Louboutin, apelidada de “Cat Burglar”, “Meu ano em Paris com Christian Louboutin”, de cabelos vermelhos, olhos verdes e uma maquilhagem exemplar, esta barbie vem com um macacão de cabedal preto, 4 pares de sapatos Louboutin com as devidas solas vermelhas, e cada sapato com um saquinho e caixinha com o nome da marca estampado, e o preço, uns meros 150 mil dólares, 115.402 Euros.
É de saber que Louboutin não vai ficar a perder neste tempo de crise, de acordo com um estudo recente do Euromonitor, este previu um crescimento de 3,2% nas vendas dos sapatos de luxo para 2010. De acordo com estudos internacionais as mulheres gastam em média 17 euros por dia em produtos de luxo! Louboutin tem sem duvida posses suficientes para vir aqui ao nosso Alentejo e passar uns dias na Comporta, uma zona que começa a ser muito celebrity Favorite location, e um local escolhido do designer para passar umas férias.
É de continuar a saudar e a prestigiar os famosos sapatos Louboutin, porque embora tanto alarido muito tem razão de o ser, já que qualquer mulher facilmente se pode apaixonar por um par desses meninos e gastar pequenas fortunas para embelezar seus pés. Ode a Louboutin, um senhor que sabe vestir os pés das mulheres.
Tânia Santos

Issey Miyake

 Issey Miyake




Mais do que um designer de moda, Miyake é um artista de coração e alma que explora formas artísticas do ponto mais puro de modo a exaltar as linhas mais belas e inspiradoras. A busca de uma perfeição de um estado leve e alegre, explorando as formas e os meios de construção para atingir peças revolucionarias em vários níveis distintos. Os interesses dele vão muito além da moda, eles passam por arquitectura, dança, literatura, ou seja, tudo o que envolve formas artísticas.

Miyake, um artista com um grande gosto e apego pela arte do seu país e cultura, que combina com o estilo ocidental. Nasceu em Hiroshima, Japão, em 1938 e presenciou o desenrolar da 2º grande guerra, a bomba atómica que caiu na sua cidade natal onde vivia, sobreviveu para ver as consequências desta, a morte da sua mãe passado 3 anos devido à exposição de radiação.

Estudou Design Gráfico na Universidade Tama Art em Tóquio que terminou em 1964, mudando-se de seguida para Paris aonde se dedicou a estudar design de moda com os grandes génios da moda como Guy Laroche e Givenchy. Em 1968 mudou-se para Nova Iorque para trabalhar com Geoffrey Beene, onde foi influenciado pela moda das ruas, as gangas, camisetas e combinação de roupas usadas.

 Ao regressar a Tóquio em 1970 fundou o estúdio Miyake Design, e em 1971 apresentou o seu primeiro desfile de moda, mas não impressionou imediatamente o exigente mundo da moda norte Americana, após 2 anos começou a apresentar a sua colecção em Paris, seu estilo baseado em roupas sobrepostas com peças que envolviam o corpo feminino com leveza, conforto e estilo tornou-se um sucesso na moda parisiense. Em 1977 tornou-se consagrado quando personalidades começaram a usar suas concepções que mesclava a influência japonesa com a moda ocidental, e em 1986 foi capa da revista Time e apelidado de Mestre de Estilo.

Miyake expressa vivamente que é um criador e nunca um destruidor, " …prefer to think of things that can be created, not destroyed, and that bring beauty and joy." Suas fontes de inspiração são o mundo, a arte e a tecnologia. O contraste entre a tecnologia e o uso de elementos naturais é bastante perceptível em todas as suas criações, inclusive nas fragrâncias.

Revolucionário, um cientista que explora novas concepções de vestuário, utilizando este como uma forma de arte e interveniente no espaço, explora a área entre o corpo e a peça de vestuário. É conhecido pela junção que faz da escultura com o vestuário, utilizando tecidos para construir modelações arquitectónicas.

No final dos anos 80 introduziu o método de "Pleating" (estrutura de pregas) que iria permitir flexibilidade de movimentos para o utilizador como também facilidade em manutenção e na produção das peças de vestuário, método considerado tecnológico, funcional e harmonioso, desenhou os primeiros Pleats Please (tecido ultra-tecnológico) para o ballet de William Forsythe. Criou formas a partir de tecidos e seus conjuntos são uma fusão da tecnologia e tradição de seu país: das camisas de fibra de abacaxi e vestidos de papel ao mais inovador fenómeno da marca, os plissados Pleats Please, fruto de um desenvolvimento dos quase 30 anos que trabalhou como criador de moda.

"Adoro fazer experiências com tecidos, combinando a mais moderna tecnologia com tradição e artesanato", Issey.

Inspirado pelos plissados artesanais criados por Mariano Fortuny (1871-1949), Miyake conseguiu industrializar o look e oferece um guarda-roupa completo com a seguinte opção de materiais: poliéster, voal, chifom, crepe ou tafetá.

"Ao criar uma peça, a coisa mais importante para nós é olhar o futuro e ao mesmo tempo tentar reflectir as necessidades da vida da mulher moderna e preservar as fontes naturais do mundo", diz. Os modelos da linha Pleats Please provam isso: são guardados enrolados, ocupam pouco espaço, são leves e não amarrotam.

Os desfiles traduzem este desejo, ao criarem imagens sempre associadas à arte, cultura, bem-estar e felicidade, com recursos como o ballet de Frankfurt ou uma orquestra medieval japonesa. Formas e modelagens são mostradas com um tom lúdico que faz a bolsa se transformar em casaco ou o vestido virar um espesso círculo.

Em 1992, desenhou o frasco de seu primeiro perfume, L'Eau d'Issey, que representa o encontro entre a flor de lótus e a rosa, o ocidente e o oriente. Em 1994 lançou a fragrância Leau Odissey que se tornou num verdadeiro clássico entre os perfumes masculinos, e devido à grande popularidade desta Issey acabou por lançar outras variações do perfume Odissey, o Blue e o Summer. Elege o material mais natural como base da fragrância: a água, elemento puro e sem cor. E para os frascos adopta: o metal, inovador e luxuoso.

Actualmente Miyake dedica-se a tempo inteiro à investigação na fundação Issey Miyake, pesquisa novos materiais e novas técnicas de vestuário e embalagens para traduzir perfumes modernos e atemporais. Entregou as suas colecções nas mãos de talentosos designers que continuam o trabalho deixado por Issey, embora este ainda tenha presença subtil nas suas linhas.

O império Issey Miyake cresceu e tornou-se numa multimilionária constituída por vestuário, perfumes, entre muitos outros, combinando a leveza oriental com elementos ocidentais, um império comercial e suas lojas estão espalhadas nas principais capitais do mundo. Issey Miyake, um nome que ficará para história.


Tânia Santos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

not fashion, just models! models and pretty faces.

The world of fashion, or is it?
in the end, does the clothes count, or is more the models that wear them?
I think is a shame that in the end what you show is the models and the face of the models, instead of the clothes! in the pictures of the article and in the video, its models models models, and almost no clothes, i wonder why they call it fashion world, it should be models world! a shame that we cannot Analise clothes, just models with pretty faces...


http://www.dazeddigital.com/view/default.aspx?Category=34&ArticleID=4946&PageNum=1

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Education


“Education is the most powerful weapon which you can use to change the world.” Nelson Mandela